Em ano eleitoral, as mídias sociais, principais ferramentas de expressão de opinião em massa hoje em dia, passam a ser um grande foco de análise por parte dos profissionais que atuam em marketing político para medir a aceitação de seus candidatos e engajar potenciais eleitores. Para estabelecer uma boa estratégia de marketing político digital, muitos fatores devem ser levados em consideração, de acordo com a PaperCliQ– agência especializada em comunicação e estratégia digital – e a Seekr – empresa provedora de ferramentas para gestão e monitoramento de marcas nas mídias sociais.
Segundo Marcel Ayres, sócio-diretor da PaperCliQ, o cenário da comunicação cada vez mais digital alterou de forma consistente como as pessoas consomem conteúdo. “Antes ficava nas mãos da imprensa tradicional o papel de difundir conteúdo sobre os candidatos às eleições. Hoje, todos podem fazer um comentário, postar um registro de satisfação ou insatisfação. Isso muda toda a estrutura de comunicação. O consumo de informações não está mais na mão apenas das fontes oficiais e isso pode influenciar no resultado final da votação”, comenta o especialista.
Em 2013, o Facebook divulgou a lista dos termos mais citados na rede e constatou que a palavra ‘eleições’ – em todas as suas traduções – foi a segunda mais comentada, perdendo apenas para comentários sobre o Papa Francisco. No ranking nacional, o termo ‘manifestações’ foi o mais discutido. A exemplo, desde que foi posto no ar, em junho de 2013 -, a plataforma Causa Brasil, que captura em tempo real os assuntos mais comentados sobre as manifestações do Brasil nas redes sociais, já alcançou mais de 3 milhões de menções.
Inseridos neste contexto, os candidatos buscam equipes de inteligência que saibam planejar de forma efetiva as campanhas nas mídias sociais. “O erro, para qualquer figura pública ou marca, pode levar todo o planejamento por água abaixo e, no caso das eleições, coloca em risco a candidatura e/ou a reputação do partido”, reforça Ayres.
De acordo com Eduardo Prange, Chief Business Officer (CBO) da Seekr, o maior erro cometido pelas equipes que trabalham em campanhas eleitorais é a falta ou falha no monitoramento dos resultados. “Criar canais nas mídias sociais e alimentá-los de forma ‘caseira’ é fácil e qualquer um pode fazer. Porém, há riscos escondidos e o principal é a falta de acompanhamento dos comentários feitos. Sem monitorar o que as pessoas estão comentando é como trabalhar no escuro”, afirma o executivo.
Com o monitoramento nas redes sociais, é possível:
- Mensurar resultados: Identifica se o resultado de alguma ação está sendo visto de forma positiva ou negativa pelo público. Ao detectar fraquezas, é possível que as equipes de inteligência trabalhem nas mudanças, identifique oportunidades, além de enaltecê-las;
- Velocidade: O monitoramento é feito em tempo real, o que agiliza a identificação de crises e oportunidades;
- Observar tendências e cenário político: Monitorar concorrentes e influenciadores para entender projetos e campanhas, e, assim, identificar oportunidades para ampliar a visão de negócios;
- Interatividade / SAC 2.0: A proximidade do candidato com o público de forma quase pessoal e a interação direta com os internautas humaniza a figura política;
Prange alerta ainda para a importância de o candidato entender que as práticas nas redes sociais já são uma realidade e que o posicionamento da figura política nesses meios deve acontecer de forma contínua, independente de o candidato ter sido eleito ou não. “O processo de se posicionar nos meios digitais deve ser uma rotina e a manutenção das ações tem que ser um hábito antes, durante e após as eleições”, explica o CBO.


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