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Organizada pelos sócios Franklin Costa e Carol Soares, a primeira edição da ØCLB Masterclass reuniu 17 convidados em quatro dias de evento, durante 12 horas de programação. Festivais como SXSW, Tomorrowland, Multiplicidade, Molotov e as iniciativas PerifaCon e Feira Preta discutiram ao lado de marcas e canais de televisão entre elas Heineken, Johnnie Walker, Natura e Globo, quais os formatos e diretrizes a serem tomadas em relação ao futuro das experiências e do entretenimento ao vivo.
O encerramento ficou por conta de um happy hour embalado pelo DJ set de
FreshPrince da Bahia, do núcleo Batekoo. O evento contou com patrocínio de Johnnie Walker como parte das comemorações dos 200 anos da marca, e Sympla Play. Aberta ao público mediante inscrição, a ØCLB Masterclass contou com a presença de profissionais da indústria do entretenimento e de marketing, estudantes, pesquisadores e interessados que, além do aprendizado adquirido,
puderam se conectar e trocar experiências.
Para entender um pouco do que rolou, separamos os principais insights discutidos durante os quatro dias de programação. Confira abaixo.
No primeiro dia, o escritor e consultor de marketing André Carvalhal falou sobre os hábitos de consumos x gerações, que para ele não existe consumo relacionado as faixas etárias e sim uma invenção do mercado a fim de fazer com que as pessoas se compararem para repetirem padrões. Sobre a importância fundamental dos eventos físicos recorrerem ao digital, uma das vantagens, de acordo com o consultor, é o poder de amplificação do público, tornando a presença física como uma forma complementar a experiência. Carvalhal falou ainda sobre a inversão de papel dos grandes influenciadores digitais, que ele diz estarem perdendo espaço para perfis menores que produzem conteúdos segmentados com grande poder de mobilização.
Na sequência foi a vez do Chief Gamer Officer da Druid – agência criativa focada no universo game, Bernardo Mendes abordar as transformações causadas pelos games nas experiências ao vivo. Além dos números expressivos da audiência crescente no Brasil e no mundo, como os 350 milhões de usuários do Fortnite, Mendes afirma que essa indústria já vale mais do que a do cinema e da música, e que muitos outros formatos de entretenimento buscam pontos de conexão com os games para alavancarem as vendas. O especialista apontou indícios de que os jogos on-line podem ser uma evolução das redes sociais.
No dia seguinte foi a vez das responsáveis pelas ampliações de negócios internacionais dos festivais Tomorrowland (Andrea Galasso) e SXSW (Tracy Mann) abrirem a noite falando sobre as experimentações digitais e novos modelos de negócios que surgiram durante a pandemia. Um dos exemplos de Andrea Galasso foi a edição digital do festival belga Tomorrowland (Around The World) do ano passado, que teve mais de 150 mil ingressos vendidos ao redor do mundo e contou com espaços publicitários direcionados para diferentes regiões do mapa, o que possibilitou o anúncio de marcas locais diretamente para seus públicos.
Já no SXSW, Tracy Mann falou das vantagens da plataforma digital como forma de amplitude da experiência. No caso do festival americano, muitas conferências
acontecem ao mesmo tempo, ou com um mínimo intervalo e que ainda sim, sofrem com a questão do tamanho das salas para abrigar o público. Com o digital, é possível organizar um cronograma de acordo com a disponibilidade de cada participante, já que os conteúdos permanecem no site do evento por um período maior. Outra vantagem é poder ampliar a capacidade dos espaços físicos para que muito mais pessoas possam assistir aos conteúdos ao vivo.
Na sequência entraram Fernanda Paiva (Natura), Guilherme Bailão (Heineken) e
Juliana Ballarin (Johnnie Walker/Diageo) para discutirem a relação das marcas com as novas ações e formatos de experiências que o mundo vivencia.
A responsável pelo projeto Natura Musical, Fernanda Paiva vê o digital como principal vantagem para se conectar com mais pessoas, além de utilizar a música para propor novas formas de conteúdo além dela, como o podcast criado pela marca, que traz artistas da música brasileira para falarem sobre assuntos do cotidiano.
Para Guilherme Bailão, head de brand experience do Grupo Heineken Brasil, ações
solidárias realizadas não somente para o combater a pandemia, mas também para auxiliar a cadeia produtora de shows e festivais, contribuíram para aumentar a relevância das marcas do portfólio da companhia com os consumidores e também para ampliar o público.
Juliana Ballarin, da Johnnie Walker/Diageo ressaltou que independentemente do
momento, para uma parceria dar certo é necessário ter algum propósito, e que
reforçar discussões de inclusão, diversidade e representatividade no manifesto das companhias é algo fundamental para que uma marca possa ser aceita.
Luciano Luccas, head de brand experience da Coca-Cola, também estava na programação da noite, mas teve problemas técnicos em seu áudio e acabou não
participando. Futuramente a parte de sua conversa com os apresentadores Franklin Costa e Carol Soares será disponibilizada para os inscritos da ØCLB Masterclass no site Sympla Play.
No dia seguinte, data em que a pandemia do novo coronavírus completava um ano (11/3/2021), as produtoras independentes Ana Garcia, do Coquetel Molotov e Luize Tavares, da PerifaCon falaram sobre questões como acessibilidade, inovação e novas narrativas digitais como imprescindíveis no contexto atual. Para ambas, o formato digital é uma forma complementar de experiência física e torna-se fundamental para atingir novos públicos.
Na aula seguinte Juliana Costantini, dos canais Multishow e Bis e Pedro Alvim, do
Magazine Luiza, desvendaram tudo sobre o live commerce; como a importância de “ocupar todas as telas” a fim de oferecer uma experiência 360º para o consumidor na hora da compra. A dupla falou ainda do case de sucesso entre a parceria com os canais do grupo Globo e a maior rede varejista digital para a Black Friday, que unificou conteúdo e entretenimento como estratégia de venda.
Ainda na terceira noite, Estevão Paiva, responsável pelas ativações de marcas do
BBB 2021 destrinchou o novo momento da publicidade televisiva, quando os
comerciais deixaram de integrar apenas os intervalos das programações para fazerem parte da linha editorial, oferecendo conteúdos direcionados e estratégias únicas como técnica de venda.
A programação do dia de encerramento estava marcada para começar mais cedo, às 14h, ante às 19h dos dias anteriores e abriu com o artista visual e curador responsável pelo Festival Multiplicidade, Batman Zavareze, que ao lado de Liana Brasil, diretora criativa do SuperUber e SuperViz, abordaram as superproduções em realidade estendida como ponte para descobrir novas formas de afeto e trazer algo novo para projetos. Para ambos, o digital possibilita maiores formas de experimentação, além de ampliar a maneira de interação com o público.
Em seguida, a inglesa Claire O’neill, diretora do A Greener Festival, entidade que
cuida da questão sustentável em grandes festivais, falou da importância de escutar a comunidade antes de construir um festival, do papel fundamental deste tipo de evento para conservar aquilo que já existe e implementar caminhos sustentáveis a fim de gerar benefícios à população do entorno. Claire ainda alertou sobre a sustentabilidade em festivais digitais, que estão crescendo em audiência e utilizando novas tecnologias.
As convidadas Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e Preta Hub e Raquel
Virgínia, cantora e compositora das As Bahias e co-criadora da agência Inhaí, que
busca inserir pessoas trans no mercado de trabalho e na sociedade, falaram na
sequência sobre os principais desafios enfrentados durante a pandemia, e como e
com quais possibilidade pessoas pertencentes às minorias enxergam essa realidade.
No caso da Feira Preta, evento que tem entre as características gerar um
reconhecimento identitário entre os participantes, Adriana contou que a maior barreira em não realizar um evento presencial foi o acesso para a digitalização que seu público tivera, já que muitos dos eventos presenciais eram realizados em comunidades periféricas e para pessoas de baixa renda. Para Raquel, o maior obstáculo para que pessoas trans tenham vida “normal” é devido ao discurso de ódio pautado pela mídia em relação a elas. A cantora ressalta ainda a importância destas comunidades não terem vez somente em datas especiais, como a Parada LGBTQIA +, que acontece uma vez por ano, mas sim em todas as ocasiões, como Natal, Dia dos Namorados, Páscoa etc. Raquel diz sentir falta dessas pessoas em comerciais pautados nestas datas, ou em filmes e séries de TV.
Sobre ØCLB Masterclass O Futuro do Entretenimento
Com uma programação dividida por temas organizados em quatro dias de
eventos voltados para designers de experiências de todas as áreas, produtores de
eventos, empreendedores das indústrias criativas, profissionais de marketing em
busca de inovação, estudantes e pesquisadores, ØCLB Masterclass O Futuro do
Entretenimento reunirá entre os dias 9 e 12 de março alguns dos maiores experts do mercado quando o assunto é economia criativa.
Andrea Galasso (Tomorrowland), Adriana Barbosa (Preta Hub e Feira Preta), Claire O’Neill (A Greener Festival), Batman Zavareze (festival Mutiplicidade), Fernanda
Paiva (Natura), Guilherme Bailão (Heineken), Juliana Ballarin (Diageo), Juliana
Costantini (Multishow e Bis), Liana Brazil (Superuber e Superviz), Luciano Lucas
(Coca-Cola), Pedro Alvim (Magazine Luiza), Tracy Mann (SXSW) são alguns dos primeiros confirmados no evento para debaterem o contexto do mercado pós-Covid, o futuro do entretenimento e das experiências imersivas.
Além do formato de inscrição para a Masterclass, ØCLB também oferece para
essa edição on-line uma experiência amplificada de aprendizagem através da
modalidade de inscrição Maratona, que inclui oito dias de conteúdo exclusivo pré-
masterclass, além de um grupo de Telegram, aulas extras, um kit com brindes e
surpresas ØCLB Pitch. “Daremos a oportunidade para quem quiser apresentar seu
projeto para uma marca dos sonhos”, adianta Franklin Costa, que tem a ambição de transformar o evento em um encontro anual do setor para debater o calendário do ano.
Sobre os sócios Franklin Costa e Carol Soares
Publicitário e empreendedor com 20 anos de experiência na interseção entre
marketing, inovação e indústria do entretenimento, Franklin Costa optou pela vida sem fronteiras e, em 2017, embarcou para uma vida nômade com sua sócia e esposa Carol Soares, que transformou sua carreira acadêmica (com mestrado em
Antropologia do Consumo e doutorado em Biologia) em pesquisas ao redor do mundo de experiências inovadoras e criativas na Ásia, Europa e Américas. Desde então, a dupla já passou por mais de 40 países e 50 festivais, feiras e eventos que apontam tendências, comportamentos e inovações.
Sobre ØCLB
Fruto do conhecimento conjunto de Carol Soares e Franklin Costa, o ØCLB
surgiu em 2017 quando o casal decide deixar uma vida confortável no Rio de Janeiro para viverem como nômades digitais. O primeiro destino foi uma pesquisa de três meses nos EUA para uma imersão nos festivais SXSW, Coachella e Ultra. O objetivo era trazer insights para seus projetos de consultorias e cursos. Do exterior, em contato com seus clientes no Brasil, a dupla deu origem a uma comunidade que acompanhava as lives mensais que o casal fazia para apontar tendências do setor. “Foi uma brincadeira nossa na época, a ideia de um clube (abreviado por ØCLB) de conteúdos e trocas sobre o futuro do entretenimento, uma comunidade que se conectaria uma vez por mês de forma online para debater um tema que a gente estava pesquisando em nossas imersões internacionais em eventos e festivais ”, conta Carol.
O formato da comunidade foi se moldando nesses quatro anos, com edições
presenciais e itinerantes que passaram por diversas capitais brasileiras (ØCLB Tour) e um formato em masterclass com convidados e especialistas do setor. A partir de 2018, também passaram a oferecer viagens para grandes festivais internacionais com roteiros especialmente preparados para ampliar toda a experiência dos participantes (ØCLB Journey) .A cada evento, novos participantes ingressavam para “O CLuBe”, que em 2020 se tornou oficialmente “a primeira comunidade de criadores de experiências do Brasil”.
Quando veio a pandemia, ØCLB também se adaptou. Além da comunidade,
Franklin e Carol passaram os três primeiros meses de isolamento em São Paulo,
período em que se mantiveram ativos com o projeto ØCLB de Pijamas, uma série de lives com grandes players do mercado apontando caminhos e perspectivas para enfrentar a situação inédita. O papo também mudou um pouco de foco: não estavam mais falando sobre entretenimento, mas sobre o design de experiências online, híbridas e presenciais, diversidade, inovação e inclusão. A iniciativa foi matéria da revista Veja e mostra a atuação do “Clube” e sua importância para um setor tão afetado pelo isolamento.
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